Já pedi arrego em situações de perrengue máximo. Tipo: precisei enfiar meu pequeno no táxi correndo, pra levar pro hospital bem na hora que o ônibus ia chegar com a mais velha. Quem me salvou? A mãe que buscava a filha no mesmo ponto. Não tinha nenhuma intimidade. E precisa? Pelamordedeus, pega a minha filha, leva pra sua casa e dá uma janta? Não sei que horas eu volto ou consigo um parente para busca-la. O pai dessa mesma menina já me salvou de outra boa. Chegando no ponto, me lembrei que tinha esquecido da batata inglesa que ela tinha que levar pra um trabalho em grupo. Pelamordedeus, dá uma olhada nela aí pra mim? E toca de correr dois quarteirões com o caçula sacolejando no colo, até o mercadinho e volta. Deu tempo. Devo ter perdido um quilo nesse dia. E um ano de vida, tamanho estresse por causa de uma meleca de uma batata.
Com o tempo, aprendi que não é só em situações extremas que eu podia contar cazamiga. Com aquelas com quem tenho mais intimidade, já liguei no maior carão de pau: miga, lembra daquele cara legal que eu tava paquerando? Me chamou pra jantar. Ando precisando botar o carnê do Baú da Felicidade em dia. Rola de jogar minhas crianças aí e pegar amanhã cedo? Lógico que rola. No dia seguinte cato os meus e os dela pra passar o dia. Cantando alto e com a pele reluzente. Flor, hoje tem aquele show bacana, tava tão a fim de ir… Taca as criança pra cá. Taca as criança pra lá. Isso não é ser uma mãe má, você que tá aí doido pra apontar esse dedão na minha cara. Isso é viver em tribo. Em sociedade. É ter amigos. É ter vida. É dar e receber. Tem coisa melhor pra ensinar pras nossas crias?
Nos meus grupos mais avançados de mães, da mais velha, a gente já se entende tanto que rola quase uma divisão natural de tarefas. Por exemplo, levar em show, é comigo. Pode mandar pra cá. Pra mim, está looonge de ser uma tortura, como é para algumas. Semana que vem, se vocês virem uma maluca no Justin Bieber cantando e dançando todas as músicas, cercada de adoles, não sou eu. Eu nem gosto dele! Eu, hein! Buscar nas festas depois das dez da noite já é um problema pra mim, com meu pequeno. Virei a mendiga da carona da volta. Mas, ó, na ida contem comigo. Carrego quantas couberem no meu carro. E mais umas duas escondidas na mala, se preciso for. Grupo de estudo lá em casa também bomba. Preparo prova e tudo. A que cozinha bem (zero meu caso) faz os quitutes pra exposição na escola. A que entende de roupa ajuda a produzir os figurinos pra apresentação de teatro. E assim nós vamos indo. Em turma. Em galera. Trocando. Se ajudando. Fica tudo tãããão mais fácil!
Se eu pudesse dar um conselho, só um, para cada mãe novata, seria esse: cerque-se de outras mães. Na pracinha. Na escola. No prédio. Puxa assunto, fica amiga, troca telefone, faz grupo de zap. Às vezes é chato, eu sei, 18 “bom dia” antes da 7 da manhã. Mas, olha, vale. Porque essa foi mais uma das coisas maravilhosas que meus filhos me trouxeram: novas amizades. Quem diria. Tô cheia de novas e maravilhosas amigas, que tenho certeza que carregarei pra vida toda. Tem que ver nossos encontros, regados a drinks e cantoria, como são animados e disputados! Viva Las Mamitas! Viva as Lacraias! E obrigada por todas as milhares de vezes que já me socorreram. Sem vocês não sou ninguém. Viva essa rede linda de solidariedade que se cria em torno da maternidade. Como diz a Zanela (mãezaça muito querida e parceira e criadora desse trocadilho genial): uma mãe lava a outra.”
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